Violência contra negras é tema de campanha
"Meu cabelo é bom! Ruim é o racismo!". Com este lema, a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) e o Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP) lançam hoje em Belém a Campanha Nacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres Negras. A iniciativa faz parte das comemorações pelo dia internacional da mulher afro-latina-americana e caribenha. Também estão previstas manifestações em via pública, cineclube e roda de conversa, com foco na violência doméstica e com o racismo no cotidiano da mulher negra.
A campanha será lançada em várias capitais brasileiras e em Belém, inicia às 10h30 com um "Cabelaço Feminista", uma ação de rua com performance no Pátio Belém e concentração em frente ao shopping. De acordo com a organização do evento, o termo cabelaço não é a toa, porque a campanha nacional tem como foco a valorização do cabelo "negro", "afro", "crespo", que é objeto da discriminação sofrida pelas mulheres negras desde a infância.
À tarde, a partir das 15 horas, será exibido o curta brasileiro "Carolina", de Jeferson Brasil, no Instituto de Artes do Pará (IAP). Em 15 minutos, o filme retrata a miséria em que, ainda, se encontram milhões de mulheres negras. Após o filme haverá uma roda de debates. Na programação também está previsto o lançamento da Carta de Incidência Política, do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa) e o lançamento formal da campanha da AMB "Pelo fim da violência contra a Mulher Negra".
O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi instituído no dia 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, para representar o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
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