Parentes, amigos e guerreiros!
Que notícia entusiasmante.
Todos estamos felizes, mas como indígena temos que olhar o futuro, o dia seguinte da formatura e das festas...
Para onde vão tantos jovens com essa formação bilingue e intercultural.
Temos que tomar cuidado para que nossa juventude não se disperse entre "desemprego" ou "migração urbana", mas ter força suficiente para superar dificuldades, concorrências e aproveitar as oportunidades do novo Milênio.
Saudação Indigena.
MARCOS TERENA
Prof. da Cátedra Indígena Itinerante – CII
Mato Grosso do Sul tem mais de 600 índios nas universidades e cursos de pós-graduação |
Atualmente, há mais de 600 índios nas universidades de Mato Grosso do Sul, segundo estimativa do Projeto Rede de Saberes. Esse número vem crescendo junto ao de pós-graduandos índios, que fazem mestrado é até doutorado dentro ou fora do estado. Na sexta-feira (22), eles se reúnem na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) para pensar a criação de um fórum ou uma re de de pesquisadores indígenas. Os professores perceberam que a universidade precisa estar preparada para recebê-los e criar formas de reconhecer os conhecimentos que eles já trazem de suas comunidades, ou seja, os conhecimentos tradicionais, que por muito tempo foram subestimados pela academia. A idéia desses professores é mostrar que os saberes destes povos são tão importantes quanto o da universidade, então a academia não deve tentar “engessá-los” em métodos científicos, mas ouvi-los e dialogar com eles. Desde 1995, professores da UCDB têm trabalhado em projetos com populações indígenas de MS. Eles se articulam à professores de outras universidades do estado para ampliar essas ações e melhor entender quais são as necessidades destas comunidades. Graduação A UCDB tem 40 índios na graduação e seis cursando Mestrado em Educação ou Desenvolvimento Local. O número é maior nas universidades do interior do estado, que ficam mais próximas das reservas indígenas. Estes índios são das etnias Guarani, Terena, Kadiwéu, Ofaié e Kinikinau. O projeto que trabalha especificamente com os universitários indígenas no MS é o Rede de Saberes. Os outros trabalhos de pesquisa e extensão junto aos índios estão articulados ao Programa Kaiowá Guarani, coordenado pelo Antonio Brand e desenvolvido pelo Neppi (Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas), que é coordenado pelo padre George Lachnitt. Rede de Saberes conta com a parceria entre a UCDB, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul), realizaram no último dia 17, em Dourados, o III Encontro de Acadêmicos Índios e Política Partidária, que reúne índios, professores e representantes de instituições convidadas, além de oito vereadores indígenas. Durante o evento foi realizada uma discussão entre os parlamentares, estudantes e lideranças, a respeito de estratégias que fortaleçam a presença de índios no segundo maior estado com população indígena do País. Junto com o III Encontro, o Rede de Saberes realiza também nesses dois dias, o 1° Encontro Temático Saberes Tradicionais e Científicos – Direito. O evento, que conta com a presença do Neppi da UCDB e de acadêmicos do curso de Direito da Católica, busca abrir discussão entre os estudantes sobre os saberes tradicionais e científicos, a fim de articular os dois conhecimentos. Mais informações sobre o Rede de Saberes podem ser obtidas pelo telefone 3312-3351. |
M.MARCOS TERENA
RIO+20 - KARI-OCA 2012
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