Espaço Ubunto

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Respeito é bom e nós gostamos!



Dezenas de entidades do Movimento Negro de todo o país assinam a Carta do Rio de Janeiro – Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Miséria pela ótica do Movimento Negro, produto do seminário preparatório para a Conferência Rio + 20, realizado nos dias 28 e 29 de abril no Rio de Janeiro.
O Movimento Negro brasileiro declara que fará todos os esforços necessários em defesa do povo negro, dos povos indígenas e dos povos vítimas do racismo, discriminação racial, xenofobia e diversas formas de opressão e intolerâncias. O centro dos debates e proposições é a busca de estratégias para a superação da pobreza que concentra grandes contingentes da população, mais diretamente os negros e indígenas, e, entre estes as mulheres e os jovens. Estratégia essa aliada às lutas de combate ao racismo, ao machismo e a homofobia. Por tudo isso, o movimento negro coloca-se como defensor dos grupos discriminados e excluídos. A reação está centrada na cosmovisão de mundo negro-africana que tanto para as comunidades quilombolas quanto para os povos e comunidades tradicionais de matriz africana, a terra é concebida como território de reprodução cultural vivo.
A partir dessa perspectiva é exigido que o Estado brasileiro utilize sua influência política na Conferência Rio + 20 em defesa dos povos e nações pobres e em desenvolvimento, que defenda sua população vítima da ganância da elite capitalista brasileira e dos conflitos ambientais, destacadamente, as comunidades quilombolas, as comunidades religiosas de matriz africana, as comunidades tradicionais e das periferias dos grandes centros urbanos.
Com a carta datada em 29 de abril de 2012, o movimento negro brasileiro estabelece marcos para um dialogo maduro e propositivo com o governo e as instituições nacionais e internacionais em defesa da vida.
Acredito nesse caminho para a construção de um mundo onde a diversidade e as diferenças sejam respeitadas e valorizadas. Apoio esse rico dialogo proposto pelo movimento negro, e você?
Matilde Ribeiro 06/05/2012

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