Cultura de Paz
Respeitar a vida e a diversidade, rejeitar a violência, ouvir o outro
para compreendê-lo, preservar o planeta, redescobrir a solidariedade, buscar
equilíbrio nas relações de gênero e étnicas, fortalecer a democracia e os
direitos humanos. Tudo isso faz parte de uma Cultura de Paz e Convivência.
Mas é importante ressaltar que a Cultura de Paz não significa a ausência
de conflitos, mas sim a busca por solucioná-los através do diálogo, do
entendimento e do respeito a diferença. A Cultura de Paz possui valores que
pretendem humanizar a humanidade, em que o SER é maior do que o TER. Os
movimentos de Cultura de Paz devem têm por fontes inspiradoras uma Cultura de
Paz e Não-violência, tendo com exemplo os ganhadores do prêmio Nobel da Paz e outros
tantos documentos internacionais (Haia, Declaração Universal dos Direitos
Humanos, documentos da Unesco, Carta das Responsabilidades Humanas, Carta das
Responsabilidade dos Artistas, etc...).
Toda e qualquer ação cultural que seja fundamentada em uma atitude de
compreensão é, em si mesma, um exercício de aceitação da diversidade cultural.
Por isso, a disseminação dos valores da Cultura de Paz é imprescindível para
que a sociedade possa construir um novo paradigma de desenvolvimento. A Cultura
de Paz é a alma do reencantamento do mundo, sem ela não haverá mudanças
substanciais, equilíbrio planetário e mundos poeticamente habitáveis.
Por um mundo digno de todos: o
triunfo da vida criadora é a mais recente proposta de paz elaborada pelo
filósofo, ensaísta, poeta e humanista, Daisaku Ikeda. Neste ensaio, o pacifista
aponta caminhos, tece comentários e enaltece em especial, o inesgotável
potencial humano.
Logo no início um alerta:
"jovens e adultos criam uma deprimente perspectiva do futuro, em virtude
do enfraquecimento cada vez maior dos laços familiares e comunitários".
Tal condição pode levar a humanidade ao distanciamento de suas raízes.
Reestabelecer e fortalecer estes laços, ora diluídos, ´ urgente e necessário se
almejamos obter um novo patamar civilizatório.
Segundo ele, a partir desta nova
orientação, as Nações Unidas devem ter um papel central, (..): "o papel
das Nações Unidas no controle mundial". Para melhor ilustrar este ponto
ele propôe tres passos:
1. A partir da mobilização das
Nações Unidas em conjunto com um movimento de toda a sociedade civil
organizada, promover uma efetiva e pragmática Educação em Direitos Humanos, em
todos os níveis escolares, do infantil à universidade;
2. Promoção e fortalecimento de
esforços regionais coordenados, voltados à promoção da educação em direitos
humanos, com ênfase nos jovens;
3. Por fim, a promoção sistemática
de diálogos interreligiosos visando à construção de uma cultura de direitos
humanos multiétnica e ecumênica.
Cultura de paz, desenvolvimento e integralidade em saúde: lições e interfaces entre aids e as religiões afro-brasileiras no mundo contemporâneo
“Tudo é
como é, e é perfeito. Se não é perfeito aos nossos olhos, é perfeito aos olhos
do Orixá”.
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