LULA APREENSIVO COM QUADRO DE HUGO
CHÁVEZ
Eventual morte do presidente da
Venezuela, que tem hoje a maior reserva de petróleo do mundo, mudaria o quadro
político na América Latina; ajuda de Chávez é essencial para manter de pé o
regime cubano e ele também financiou governos na Bolívia, no Equador, em
Honduras, na Nicarágua e até na Argentina; Lula tem jato à disposição para ir a
Havana caso Chávez venha a falecer
1 DE JANEIRO DE 2013 ÀS 11:13
247 - A saúde de Hugo Chávez, que teve novas complicações depois da sua
cirurgia contra um câncer, realizada em Havana no último dia 11 de dezembro, é
hoje um assunto que interessa não só aos venezuelanos, como ao mundo inteiro –
especialmente à América Latina. É esta, hoje, a principal preocupação do
ex-presidente Lula, que tem um jatinho à disposição, emprestado por um
empresário, para viajar a Cuba, caso Chávez venha a falecer. Lula não irá à
posse do filho Marcos, que se elegeu vereador em São Bernardo do Campo, não
está confirmado na posse de Fernando Haddad, em São Paulo, mas pode embarcar a
Cuba a qualquer momento.
Chávez é hoje um dos principais
pilares de sustentação da política externa implementada no governo Lula, que
rechaçou a proposta de acordo comercial oferecida pelos Estados Unidos, a Área
de Livre de Comércio das Américas (Alca), e privilegiou a expansão do Mercosul,
recentemente ampliado com o ingresso da própria Venezuela.
Com as maiores reservas de petróleo
do mundo, que, em meados de 2012, alcançaram 296,5 bilhões de barris e
superaram as da Arábia Saudita, a Venezuela se tornou peça central da
geopolítica internacional – especialmente da América Latina. Chávez já
financiou governos de países como Bolívia, Equador, Nicarágua, Honduras e até mesmo
a Argentina, onde os Kirchner foram ajudados com a venda de energia subsidiada.
Cuba também é um país que, hoje, depende essencialmente do petróleo subsidiado
pela Venezuela – mais de 100 mil barris diários.
Nesta terça-feira, os jornais
venezuelanos informam que Chávez, internado em estado grave, teve um dia
estável, na virada do ano. O vice Nicolas Maduro embargou de emergência a
Havana e tem a missão de manter a chamada "revolução bolivariana".
Mas sem o carisma e a liderança de Chávez, ninguém é hoje capaz de prever se
Maduro terá força para dar continuidade à política que vem sendo implantada por
Chávez desde 1998.
No Twitter, o povo venezuelano se
dividiu em mensagens de apoio a Chávez, com a hashtag #FuerzaChavez, e também
em desejos também por sua morte. O certo é que sua eventual passagem
transformaria radicalmente o quadro político na América Latina. E Lula está
atento.
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